Trabalhadores da Carris cumprem hoje um dia de greve

Os trabalhadores da transportadora rodoviária Carris, que opera em Lisboa, cumprem hoje um dia de greve por aumentos salariais e 35 horas semanais de trabalho, entre outras reivindicações.

Trabalhadores da Carris cumprem hoje um dia de greve

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), que agendou também para hoje um plenário geral para os trabalhadores decidirem a “continuação das formas que levem o CA [conselho de administração] e o seu acionista, a Câmara de Lisboa, a dar as respostas que os trabalhadores necessitam”.

De acordo com o STRUP, os trabalhadores pretendem “o aumento real e substancial dos salários e do subsídio de refeição, a evolução faseada para as 35 horas semanais e a criação do subsídio compensatório para os trabalhadores dos setores fixos”.

Além disso, o sindicato reivindica ainda “o pagamento das deslocações aos trabalhadores do tráfego sem a contabilização dos ‘bonús'”.

A Carris já alertou que a greve poderá provocar “algumas perturbações no serviço” e informou que estão previstos serviços mínimos em 12 carreiras.

Segundo a transportadora, vão estar a trabalhar a 100% as carreiras 703 [Charneca – Bairro Padre Cruz], 708 [Martim Moniz – Sacavém (Urb. Real Forte)], 717 [Praça do Chile – Fetais], 726 [Sapadores – Pontinha Centro], 735 [Cais do Sodré – Hospital de Santa Maria], 736 [Rossio – Odivelas], 738 [Estrada da Luz – Alto de Santo Amaro], 751 [Estação de Campolide – Linda-a-Velha], 755 [Poço do Bispo – Sete Rios], 758 [Cais do Sodré – Portas de Benfica], 760 [Gomes Freire – Cemitério da Ajuda] e 767 [Campo Mártires da Pátria – Reboleira(Metro)].

Em comunicado, a Carris informou que “se encontra em curso a negociação do Acordo de Empresa com todas as associações sindicais representantes dos trabalhadores”, mas, apesar de o “processo de negociação estar a decorrer”, o STRUP, afeto “à CGTP-IN, decretou o pré-aviso de greve” para hoje.

Para o STRUP, a administração tem “tentado impor uma política de baixos salários, ao mesmo tempo que mantém o prémio designado de ‘excelência’ e dá cobertura” a que a Câmara de Lisboa, acionista e responsável pela gestão da empresa, “corte verbas ao orçamento da Carris e as transfira para outros”, como foi o caso da ‘Web Summit'”.

MCL (LFS) // VAM

By Impala News / Lusa

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