RIR propõe que ordens de despejo sejam tratadas como “processos urgentes”

A presidente do partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), Márcia Henriques, propõe que as ordens de despejo deveriam ser consideradas “processos urgentes” e manifesta-se contra a fixação de tetos máximos para as rendas.

RIR propõe que ordens de despejo sejam tratadas como

“Os processos de despejo têm que ser processos urgentes. (…) Uma pessoa não pode estar à espera tanto tempo por uma decisão judicial para ter de volta o seu imóvel e, por tudo isto, para além da carga fiscal sobre as rendas, que é elevadíssima, isto torna o mercado de arrendamento pouco apetecível”, defendeu.

Em entrevista à agência Lusa, no âmbito das legislativas de 18 de maio, Márcia Henriques criticou a proposta do Bloco de Esquerda de impor tetos máximos às rendas, considerando-a “um erro”.

“Tabelar rendas é uma estupidez”, afirmou, defendendo que o mercado não deve ser regulado através de limites impostos aos proprietários.

Em matéria de habitação, Márcia Henriques defendeu ainda a criação de “residências universitárias disponíveis para todos os estudantes universitários” de forma a “libertar cerca de 50 a 60 mil casas” que estão ocupadas temporariamente por estudantes.

Questionada sobre as propostas do partido para a imigração, Márcia Henriques defendeu que o problema deve ser analisado “a um outro nível”: “O que nós temos é muitos imigrantes com um i, a serem aproveitados como mão-de-obra barata. Portanto, quando me dizem que temos muitos imigrantes, temos porque os portugueses aqui não têm condições de vida para viver” e emigram.

“Daí que nós defendamos o aumento do Salário Mínimo. Nós estamos num ponto muito complicado, de difícil retorno, e os governos têm que perceber que ou investem agora radicalmente nesta situação para mudar o futuro ou então muito dificilmente nós vamos conseguir dar a volta, porque Portugal está virado para o turismo, no país inteiro são hotéis e restaurantes, principalmente à beira-mar, e está-se a aproveitar a mão-de-obra dos imigrantes, porque é mais barato, porque vão ter mais lucro”, criticou.

O RIR, que concorre a todos os círculos eleitorais nas legislativas de 18 de maio, tem, considerou Márcia Henriques, “uma maneira de falar mais direta” e que “todos compreendem”.

“Temos desde o pastor ao calceteiro [a profissão do primeiro presidente do RIR, Tino de Rans], ao advogado e ao médico, portanto, nós conseguimos ter experiências de todas as classes sociais, de todas as profissões e isso dá-nos legitimidade”, afirmou.

Nas últimas eleições legislativas, a 10 de março de 2024, o RIR obteve 0,40% dos votos

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By Impala News / Lusa

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