Raimundo aponta como mínimo voltar aos seis deputados eleitos em 2022

O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Lisboa que a CDU tem como objetivo mínimo destas legislativas voltar ao resultado das eleições de 2022, com seis deputados eleitos, ao contrário dos quatro conseguidos em 2024.

Raimundo aponta como mínimo voltar aos seis deputados eleitos em 2022

“Nós, no mínimo, temos o objetivo de voltar aos resultados das eleições anteriores a estas [2022]”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola António Arroio, em Lisboa.

Para o secretário-geral do PCP, a repetição do resultado de 2022 implicaria “sensivelmente mais 100 mil votos” que a CDU não teve em 2024, acreditando que, mesmo assim, este não é um objetivo ambicioso e até “insuficiente” para aquilo que a coligação que junta comunistas e Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) precisa.

Para esse reforço de deputados, Paulo Raimundo aponta para possíveis caminhos, como reforçar o número de deputados no Porto, em Setúbal e reconquistar o deputado perdido em Beja em 2024.

Para lá dessa meta mínima, o líder comunista reafirmou a vontade de, nos círculos eleitorais de Lisboa e Setúbal, fazer regressar a representação de “Os Verdes” à Assembleia da República (o PEV tem o número três por Setúbal e o número quatro da lista da CDU por Lisboa).

Mesmo assim, em 2022, a CDU só conseguiu eleger dois deputados por Setúbal e dois por Lisboa, legislativas em que ainda manteve o deputado por Beja.

Apenas em 2019, quando foram eleitos 12 deputados pela coligação, foi possível à CDU ter quatro deputados eleitos por Lisboa e três por Setúbal.

Paulo Raimundo vincou que a CDU tem “razões acrescidas para estar confiante nestas eleições” e ficar acima dos 3,17% alcançados (205 mil votos) em 2024.

“O registo anterior a estas eleições acho que é um registo que é justo que tenhamos. Trazer mais 100 mil votos e reforçar o número de deputados”, acrescentou.

As declarações aos jornalistas procuraram ser interrompidas por um homem que, de forma injuriosa e aos gritos, perguntava a Paulo Raimundo qual a sua posição sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, tendo sido afastado por elementos da campanha.

“O senhor perguntou se eu condenava ou não condenava. Sim, condeno. A resposta é tão simples quanto esta. Nem percebo o alvoroço, sinceramente”, disse o secretário-geral do PCP aos jornalistas, que ainda procurou o homem no final das declarações para lhe explicar a sua posição, mas este já não se encontrava no local.

JGA // ACL

By Impala News / Lusa

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