PCP quer aumento de salários imediato e lembra que há dois projetos em confronto nas próximas eleições

O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Setúbal que há dois grandes projetos em confronto nas próximas eleições legislativas e defendeu um aumento de salários imediato para todos os trabalhadores, devido ao aumento do custo de vida.

PCP quer aumento de salários imediato e lembra que há dois projetos em confronto nas próximas eleições

   Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas na apresentação dos candidatos autárquicos da CDU à Câmara de Setúbal nas próximas eleições autárquicas, disse que “basta ver a apresentação dos programas eleitorais de uns certos partidos para perceber que há duas ideias fundamentais [sobre o aumento de salários]”.

  “A linha em que aderem todos é nesta ideia de que os salários são muito importantes. Não há nada como os salários. É a coisa mais espetacular e que é preciso aumentar, mas lá mais para 2029. Quando chegamos a 2029 é que é possível o aumento dos salários”, ironizou o líder comunista, contrapondo a necessiddade de esse aumento de salários ser imediato.

  “O salário faz falta é agora. A pensão faz falta é agora. Porque é agora que nós temos de pagar a renda, a água, a luz. Os alimentos estão cada vez mais caros. E já nem falo da botija do gás”, frisou Paulo Raimundo.

O líder comunista disse ainda que a outra ideia de alguns partidos políticos, “uma ideia mais envergonhada”, passa por promover uma baixa de impostos para uma minoria que acumula “32 milhões de euros de lucros por dia”.

Na apresentação da candidatura da CDU à Câmara de Setúbal, liderada pelo atual presidente do município, André Martins (PEV), o líder comunista lembrou ainda que “nas legislativas de 18 de maio haverá dois projetos em confronto”.

“O que vai estar em confronto no dia 18 de maio é exatamente isto, dois projetos. Um projeto ao serviço da minoria, dos tais que está sempre mal para todos, mas para eles está sempre bem. Um projeto daqueles que em cada crise, em cada problema, encontram sempre oportunidades de negócio e com tudo fazem negócio — basta ver este escândalo, mais um fim de semana, sete urgências encerradas no país inteiro e os grupos privados, daqueles que fazem da doença um negócio, encher, encher, encher, à custa da doença daqueles que cá vivem e trabalham. É este projeto que se vai confrontar com o outro projeto, com o nosso projeto”, disse.

“E para o primeiro projeto, podemos dizer assim, há vários partidos que se apresentam com várias conversas, até com várias cores, mas que no fim do dia lá se encontrarão todos juntos para continuar a amparar aqueles que se acham donos do país. E que se confrontam com o nosso projeto, o projeto da maioria, o projeto daqueles que põem o país a funcionar, o projeto daqueles que põe a economia a funcionar, dos que criam a riqueza”, acrescentou.

 Paulo Raimundo salientou ainda que “só os trabalhadores criam a riqueza” e que, por isso, “têm direito a uma reforma com dignidade, aumento das pensões, aumento das suas formas, medicamentos gratuitos”.  

GR // JPS

By Impala News / Lusa

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