Paulo Raimundo diz que CDU “só pode subir, a grande questão é até onde”
O secretário-geral do PCP afirmou hoje na Baixa da Banheira, concelho da Moita, que a CDU “só pode subir”, considerando que “a grande questão é até onde”, nas legislativas de domingo.

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“As previsões estão todas mal, porque a CDU só pode subir. Não há nenhuma dúvida que a CDU vai subir. Aqui, a grande questão é subir até onde. Essa é, talvez, a grande incógnita deste dia”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada na Baixa da Banheira, no distrito de Setúbal.
O líder comunista manifestou-se “muito confiante” de que essa subida será “para lá” dos seus prognósticos, que aponta para um objetivo mínimo de passar de quatro para seis deputados e cerca de mais 100 mil votos face a 2024.
Paulo Raimundo, que ainda irá hoje ao norte do país, com arruada no Porto e comício final em Braga, afirmou que “vale todo o esforço, todo o quilómetro, todo o minuto”, que “todo o contacto é necessário”.
Aos jornalistas, o secretário-geral do PCP voltou a notar que “as pessoas estão desiludidas” e “fartas de promessas que não são cumpridas”, acreditando que a campanha da CDU “está em profunda sintonia com as preocupações das pessoas”.
“Aquilo que dizemos está em profunda ligação com a vida das pessoas. Isso dá-nos uma grande tranquilidade, não só porque acertamos naquilo que é fundamental, como achamos que é isso que vai fazer diferença na vida das pessoas”, acrescentou.
Sobre as pessoas indecisas em quem votar, Paulo Raimundo considerou que é normal que haja uma grande percentagem de indecisos.
“Se as pessoas, os indecisos e os não indecisos, votarem com a sua vida, votarem com os problemas que enfrentam todos os dias, no Serviço Nacional de Saúde, nos salários, nas pensões, na habitação, na precariedade, se votarem com isso, então vão ter de dar mais força à CDU e isso abre um caminho de esperança para o futuro”, afirmou.
No final de uma arruada mais longa do que o normal (um percurso de dez minutos a pé demorou cerca de uma hora), Paulo Raimundo reafirmou a confiança que tinha transmitido aos jornalistas, notando “o carinho e respeito” com que foi recebido na Baixa da Banheira, um antigo bastião comunista.
“Não votem na Galp, não votem na EDP. Votem nas vossas vidas”, disse Paulo Raimundo, num discurso aguerrido, de microfone na mão e não no tripé, como vem sendo hábito pelo secretário-geral, forma de estar que hoje foi também seguida pela número três por Setúbal, Heloísa Apolónia.
“Aprendi com o Paulo Raimundo que é mais fácil assim”, afirmou a ex-deputada, no início do seu discurso.
JGA // SF
By Impala News / Lusa
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