Patriarca ortodoxo russo destaca solidariedade de Francisco com os que mais sofrem

O patriarca ortodoxo russo, Kiril, destacou hoje a solidariedade do Papa Francisco com as pessoas que mais sofrem, numa mensagem de condolências dirigida ao Vaticano pela morte do pontífice argentino.

Patriarca ortodoxo russo destaca solidariedade de Francisco com os que mais sofrem

“Para os cristãos de todo o mundo, a aspiração de Sua Santidade de mostrar a sua solidariedade para com aqueles que mais sofrem e são mais desamparados teve um significado especial”, afirmou Kiril na mensagem publicada no ‘site’ oficial da Igreja Ortodoxa Russa.

Segundo o líder religioso russo, Francisco “chamou a atenção para casos de injustiça que, por vezes, eram deliberadamente ocultados, para violações da dignidade humana e para várias formas de assédio”.

Kiril expressou “gratidão pela sua defesa da liberdade religiosa”, referindo-se à Igreja Ortodoxa Ucraniana, que alega ser perseguida pelas autoridades de Kiev, que a consideram pró-Moscovo no contexto da invasão russa da Ucrânia.

O patriarca disse ainda que Francisco liderou a Santa Sé “em tempos de mudança” e o seu nome fica ligado “a uma etapa importante nas relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica Romana”, recordando o encontro histórico de ambos em 2016 em Havana.

“Marcou o desejo das nossas igrejas de curar as feridas causadas por conflitos do passado longínquo e recente”, lembrou, bem como de “unir forças para testemunhar o Evangelho de Cristo e a herança comum da Igreja do primeiro milénio”.

O líder russo pediu paz para a alma do Papa Francisco, que morreu em plena semana da Páscoa, este ano celebrada por ortodoxos e católicos nas mesmas datas, e também memória eterna para o pontífice.

O Papa Francisco morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral e teve alta em 23 de março. A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

HB // APN

By Impala News / Lusa

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