PAN promete avançar com licença parental paga a 6 meses na próxima legislatura
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, responsabilizou hoje o PS e o PSD pela não aprovação da licença parental paga a seis meses e garantiu que, se for eleita, voltar a fazer a proposta na próxima legislatura.

Em declarações no Porto antes de se reunir com representantes da petição popular que caiu em março com os votos contra do PSD e do CDS e a abstenção do PS, Inês Sousa Real afirmou que a iniciativa popular que reuniu mais de 100 mil assinaturas ao não ser aprovada permitiu que “famílias que têm crianças recém-nascidas não possam usar uma licença parental remunerada a 100%”.
A ser aprovada a iniciativa, continuou a líder do PAN, haveria “mais tempo para a família, mas também mais qualidade de vida”, pois “nem todas as famílias têm uma rede familiar que permita que no primeiro ano de vida as crianças possam estar acima de tudo com os pais ou com os avós, ou até mesmo ter acesso a creches com preços acessíveis ou a creches públicas”.
O PAN “irá voltar a dar entrada na próxima legislatura, após o dia 18 de maio”, garantiu a dirigente partidária, criticando o que disse ser “a prática dos grandes partidos”, que “fazem muitas juras de amor em tempos de campanha eleitoral, mas depois não executam nem aprovam aquela que é a vontade dos cidadãos”.
Segundo Inês Sousa Real, o PAN defende uma sociedade onde se “possa ter mais tempo e qualidade de vida”, recordando ainda os desafios “muito prementes”, como “o combate às alterações climáticas”, garantindo que há “uma transição energética” sem esquecer “a crise da habitação e a mobilidade”.
“Nesta visita ao distrito do Porto, vamos não só ouvir as peticionárias, mas também amanhã [terça-feira) vamos estar com várias associações de proteção animal, porque queremos garantir que estas matérias não ficam de fora da campanha como ficaram dos debates das outras forças políticas, porque se não fosse o PAN, nenhum destes temas teria sido abordado durante a campanha”, assinalou a deputada.
Inês Sousa Real frisou, no capítulo das prioridades que defende para o país, os custos avultados das próximas eleições legislativas, afirmando que irão ser gastos “mais 25 milhões de euros” que, insistiu, “é muito dinheiro que faz falta a Portugal”, uma verba, que poderia ser “aplicada na licença parental, para os espaços sociais”, criticando, pelo meio, o silêncio do primeiro-ministro, Luís Montenegro sobre o que “é preciso fazer na transição climática ou até mesmo naquilo que diz respeito à proteção animal”.
JFO // JPS
By Impala News / Lusa
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