Mortágua recusa comentar Gouveia e Melo ou reduzir campanha ao caso Spinumviva

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, rejeitou hoje comentar a candidatura presidencial de Gouveia e Melo ou reduzir a campanha para as legislativas ao caso Spinumviva, fazendo um apelo direto ao voto de “quem trabalha”.

Mortágua recusa comentar Gouveia e Melo ou reduzir campanha ao caso Spinumviva

Numa iniciativa em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, Mariana Mortágua foi questionada sobre a candidatura de Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República, confirmada hoje, repetindo várias vezes apenas que queria “falar sobre a campanha das legislativas”.

“Eu quero falar sobre legislativas, eu quero falar sobre trabalho por turnos, eu quero falar sobre horas extra, eu quero falar sobre o país que tem os mais longos horários de trabalho, com salários mais curtos e os preços das casas mais caros. Porque quando chegar o fim do mês, é disso que as pessoas querem saber, é se o seu salário é suficiente para pagar a conta da luz, a renda, a prestação ao banco”, sustentou.

Já sobre a notícia do jornal Correio da Manhã (CM) que, na sua edição de hoje, revela que a empresa da família de Luís Montenegro mantém a sede na sua casa em Espinho, no distrito de Aveiro, apesar de este ter dito há quase três meses que iria mudar de local, Mariana Mortágua afirmou que “não há nenhuma novidade”.

“A Spinumviva é Luís Montenegro. Não existe Spinumviva além de Luís Montenegro. Era, é e continua a ser. E quem pensa em votar AD, eu penso que se deve lembrar que está a votar num homem que, quando era primeiro-ministro, recebeu avenças de uma empresa na sua esfera pessoal, sabendo que não as podia receber”, criticou.

Apesar de entender que Montenegro devia ter dado mais explicações sobre a sua empresa familiar, Mortágua recusou “resumir uma campanha eleitoral ao caso Spinumviva”.

A líder bloquista colocou “de um lado” a campanha da direita, da AD, “que se recusa a falar de quem trabalha”, está “enredada em casos” e “não responde com transparência pelas responsabilidades que têm na gestão do país e da República”, e contrapôs que o BE, por outro lado, é o partido que “insiste em fazer desta campanha a campanha de quem trabalha”.

Repetindo que o seu foco está nas legislativas de domingo, Mariana Mortágua realçou que a campanha está a entrar na reta final, e quer utilizar os últimos dias para “dizer a todas as pessoas que trabalham, que têm uma vida dura, difícil, que é possível mudar de vida”.

“Notem como a direita e o PS, passaram esta campanha inteira e ninguém, não se ouve a direita a falar sobre o trabalho”, criticou.

A coordenadora do BE, ladeada pelo fundador bloquista que é cabeça de lista por Aveiro, Luís Fazenda, aproveitou o momento para fazer um apelo direto ao voto das pessoas que “trabalham, têm uma vida dura, trabalham por turnos, fazem horas extraordinárias, lutam para chegar ao fim do mês”

“É a todas elas que eu peço o voto, é a todas elas que eu apelo ao voto no Bloco de Esquerda, porque sabem que cada deputado do Bloco conta para fazer estas leis. Nós defendemo-las, fizemos petições, fomos para a porta das fábricas falar com as pessoas, a pedir e a exigir reforma antecipada para quem trabalha por turnos. É essa lei que vamos levar ao parlamento, e quanto mais deputados do Bloco houver para a defender, mais perto e mais rápido ela chegará”, sublinhou.

 

ARL // PC

By Impala News / Lusa

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