MNE ucraniano insiste que Kiev não cede em “linhas vermelhas” com a Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, insistiu hoje no parlamento em Kiev que o Governo mantém “linhas vermelhas” em relação a eventuais negociações com Moscovo e que nunca reconhecerá territórios ocupados como russos.

MNE ucraniano insiste que Kiev não cede em

“Em primeiro lugar, não reconheceremos nenhum dos territórios temporariamente ocupados como russos. Em segundo, não aceitaremos quaisquer restrições à estrutura, dimensão ou outras características das forças de defesa ucranianas”, afirmou o chefe da diplomacia de Kiev, segundo um comunicado divulgado após o seu discurso na Verkhovna Rada (parlamento ucraniano).

Sybiga afastou também restrições à indústria de defesa do país, à assistência militar de aliados ou à presença dos seus contingentes, um dia após ter sido revelado um acordo sobre exploração dos recursos minerais da Ucrânia com os Estados Unidos, país promotor de negociações para um cessar-fogo entre Kiev e Moscovo, após mais de três anos de conflito.

“Em terceiro lugar, não aceitaremos quaisquer restrições à soberania da Ucrânia, à nossa política interna ou externa, particularmente no que diz respeito à escolha de uniões ou alianças às quais desejamos aderir”, acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros observou que, embora não haja consenso sobre um convite para aderir à NATO, a Ucrânia continuará os seus esforços para completar a integração na Aliança Atlântica e que Moscovo não tem poder de veto sobre o assunto.

“A Ucrânia defende clara e consistentemente um cessar-fogo incondicional e abrangente em terra, mar e ar durante pelo menos 30 dias. Estamos prontos”, declarou, sublinhando que “a paz a qualquer preço” não será aceite.

Sybiga disse ainda que os esforços diplomáticos vão continuar, assentes em formatos estabelecidos de negociações com o Reino Unido, Alemanha e França, e com os Estados Unidos.

Mas frisou que só se a Rússia declarar e cumprir um cessar-fogo e implementar medidas humanitárias é que as negociações reais poderão começar.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

HB // SCA

By Impala News / Lusa

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