Medialivre avança com despedimento coletivo focado nos fotojornalistas

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) disse hoje ter tomado conhecimento da intenção da Medialivre avançar com um despedimento coletivo, focado nos fotojornalistas, procedimento que vai “contestar por todas as vias”.

Medialivre avança com despedimento coletivo focado nos fotojornalistas

Em comunicado, o SJ disse ter sido surpreendido por esta decisão, que vai reduzir o número de trabalhadores em órgãos como o Correio da Manhã, o Record, Jornal de Negócios e a revista Sábado, e caracterizou-a como “inqualificável”, particularmente por ser anunciada na véspera do Dia do Trabalhador.

“O despedimento de jornalistas é grave o suficiente, ainda por cima num grupo que diz dar lucro, para dispensar a diatribe insultuosa de o comunicar na véspera do 1 de Maio”, reiterou o sindicato.

O SJ criticou ainda a forma como este despedimento coletivo foi comunicado aos trabalhadores, como “um facto consumado, sem qualquer hipótese de diálogo, e com pressa em dispensar estes colegas”, tendo feito a comunicação a “pelo menos a dez trabalhadores – apanhando uns em serviços, outros de folga ou de férias – numa sequência apressada de reuniões, convocadas de véspera”.

Para o sindicato, esta decisão é surpreendente já que “o grupo Medialivre, que tem o futebolista Cristiano Ronaldo como maior acionista, é dos poucos em Portugal que apresenta resultados financeiros positivos”.

Neste contexto, o SJ vai “contestar por todas as vias” este procedimento, que diz configurar “mais uma estocada profunda na fotografia, uma linguagem jornalística que está a ser levada à morte por administradores e diretores de empresas de comunicação social em Portugal”.

MES // JNM

By Impala News / Lusa

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