Japão oferece a Myanmar “todo o apoio possivel” após sismo de sexta-feira

O Governo japonês anunciou que oferecerá “todo o apoio possível” a Myanmar (antiga Birmânia) para enfrentar os danos causados pelo sismo de 7,7 graus de magnitude que atingiu o país na sexta-feira, deixando mais de 1.600 mortos.

Japão oferece a Myanmar

O Governo japonês afirmou, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que “continua empenhado em apoiar” o povo de Myanmar e “continuará a prestar assistência”.

“Face aos danos sofridos por Myanmar, o Governo japonês está preparado para prestar todo o apoio possível. Estamos atualmente a avaliar as necessidades no terreno, as condições de segurança e o acesso às zonas afetadas para determinar a melhor forma de ajudar”, declarou o ministério japonês.

“Como primeiro passo, estamos a coordenar a rápida entrega de mantimentos”, acrescentou o comunicado.

A junta militar no poder em Myanmar declarou no sábado que 1.644 pessoas morreram, 3.408 ficaram feridas e 139 desapareceram no sismo que atingiu o país na sexta-feira.

Na sequência do sismo, o exército declarou estado de emergência em Sagaing, Mandalay, Magway, Shan, Naypyidó e Bago, áreas onde existe um conflito ativo entre o exército e várias guerrilhas.

O Governo de Unidade Nacional (NUG), oposição, acusou no sábado a junta militar de continuar os bombardeamentos em Sagaing, ao mesmo tempo que anunciou uma trégua de duas semanas nas zonas afetadas.

A trégua, segundo o NUG, tem como objetivo “facilitar as operações de resgate das pessoas presas debaixo dos escombros e nos edifícios desmoronados”, embora continue a usar a força para ações defensivas em caso de eventuais ataques da junta militar, que detém o poder desde o golpe de Estado de 2021.

Um sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter provocou na sexta-feira o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar (antiga Birmânia), no Sudeste Asiático.

O sismo foi registado às 06:20 (hora de Lisboa). Ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros (km), com epicentro a cerca de 17 km de Mandalay, a segunda cidade da Birmânia, com 1,2 milhões de habitantes, e 270 km a norte da capital Naipidau.

O sismo também foi também sentido em países vizinhos como a China, a Índia e a Tailândia, cuja capital, Banguecoque, viu ruir uma torre de escritórios em construção na qual estão presas dezenas de pessoas.

 

APL (ROC) // APL

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By Impala News / Lusa

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