Israel avisa habitantes de Gaza que vai alargar operações militares 

O ministro da Defesa israelita avisou hoje os habitantes da Faixa de Gaza que o exército vai alargar as operações militares no enclave e exortou a população a exigir a saída do Hamas do governo.

Israel avisa habitantes de Gaza que vai alargar operações militares 

Israel Katz sublinhou que, além de as Forças de Defesa de Israel irem alargar as operações militares na Faixa de Gaza, a libertação dos reféns é a “única forma de parar a guerra”.

“As Forças de Defesa de Israel vão em breve operar com toda a força noutras zonas de Gaza e pedem à população para se retirar das zonas de combate para sua própria segurança”, sublinhou o ministro israelita numa mensagem publicada nas redes sociais.

Katz, referindo-se diretamente aos habitantes de Gaza, explicou que o Hamas “põe em risco as suas vidas” e os dirigentes do grupo islamita “estão dispostos a queimar metade da Faixa de Gaza com as próprias mãos só para tentar manter o domínio corrupto”.

“Estão seguros com as famílias em túneis ou hotéis de luxo, com milhares de milhões de dólares em contas bancárias no estrangeiro, enquanto vos usam como reféns”, afirmou Katz.

Nesse sentido, o ministro da Defesa israelita exortou os habitantes de Gaza “a aprender” com os residentes de Beit Lahia, que têm estado a protestar contra o Hamas nas últimas horas. 

“Tal como eles, exijam a saída do Hamas de Gaza e a libertação imediata de todos os reféns israelitas: esta é a única forma de parar a guerra”, acrescentou.

Os protestos de terça-feira decorreram na cidade de Beit Lahia, onde centenas de pessoas saíram à rua para exigir o fim da ofensiva israelita, reativada a 18 deste mês, pondo fim ao cessar-fogo vigente desde 19 de janeiro, e para protestar contra o bloqueio israelita à entrada de ajuda humanitária.

As manifestações prosseguiram pelo segundo dia consecutivo em diferentes pontos da Faixa de Gaza, em protestos sem precedentes contra o regime do Hamas e pelo fim dos ataques israelitas, que já provocaram mais de 50.000 mortos.

“Basta, queremos o Hamas fora!”, “Parem a guerra!”, “Queremos as nossas vidas de volta!”, “Queremos a nossa liberdade!”, gritavam os manifestantes, concentrados em pelo menos dois pontos do norte do enclave, Beit Lahia e no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, noticiou a agência EFE.

“Apelamos para um cessar-fogo em Gaza. Queremos viver uma vida pacífica na Faixa de Gaza. O que sofremos já é suficiente e sofremos todos os dias. Todos os dias perdemos crianças e adultos, idosos e jovens”, acrescentou um manifestante palestiniano em Shujaiya.

No protesto em Beit Lahia, com mais de 2.000 pessoas, os manifestantes entoaram frases como: “Queremos viver!” e “Hamas, vai, sai!”. Alguns pediram à Jihad Islâmica que fosse o primeiro grupo a abandonar Gaza.

Antes do protesto em Beit Lahia, uma área onde o exército de Israel pediu à população para abandonar a cidade, mas onde permanecem centenas de habitantes de Gaza, os drones israelitas estavam a efetuar ataques, mas quando o protesto começou deixaram de sobrevoar a área, adiantou a EFE. 

 

JSD // EJ

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS