IL discorda de proposta do PS para o IVA por “desviar recursos” do crescimento económico

O presidente da IL, Rui Rocha, discordou hoje da abordagem fiscal do programa eleitoral do PS, garantindo que o partido não vai propor qualquer descida do IVA nesta altura e defendendo que essa proposta “desvia recursos” do crescimento económico.

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Em declarações aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, depois de ter entregado a lista da IL pelo círculo eleitoral da capital, encabeçada por Mariana Leitão, Rui Rocha ressalvou que discorda das críticas feitas pelo PSD ao programa dos socialistas, por considerar que não há “um drama” nas propostas, mas sim um “enquadramento errado da política económica”.

“Eu percebo que, no momento em que os portugueses se enfrentam a muitas dificuldades, isso [IVA zero permanente em alguns bens essenciais] pode parecer uma proposta que pode ter algum interesse. O que é que acontece? Por um lado, ela é focada nos interesses de curto prazo e, por outro lado, desvia recursos daquilo que devia ser a nossa aposta, que é o crescimento económico”, argumentou o líder da IL.

O PS propõe no programa eleitoral o IVA zero permanente num cabaz de bens alimentares, tal como foi aplicado temporariamente pelo Governo de António Costa devido à inflação, e reduzir esse imposto para 6% na eletricidade até 6,9 kVA.

Rui Rocha garantiu que o partido “não optará por propor qualquer descida do IVA nesta altura”, focando o alívio fiscal nas descidas do IRS e do IRC por entender que “o problema fundamental do país, neste momento, é criar riqueza” e que essa riqueza não se cria com descidas no IVA.

A IL quer abrir o país a investimento estrangeiro para “trazer riqueza para o país” e defende uma descida do IRS “porque dá liberdade às pessoas de depois escolherem em que é que investem esse dinheiro a mais que ficará no seu bolso no fina do mês”.

“E não afunilar isso num conjunto de produtos alimentares, que para uns terá muito interesse, para outros terá menos. As pessoas devem ser livres de fazer aquilo que entendem com o dinheiro que têm. E nós queremos que haja mais dinheiro no bolso dos portugueses”, acrescentou Rui Rocha.

Sobre as expectativas do partido para estas legislativas, Rui Rocha mostrou-se confiante mas não quis colocar metas concretas, assegurando apenas que “todo o crescimento que puder vir é bom e será bem-vindo”.

“Não limitamos essa possibilidade nesta altura. Todo o crescimento que for possível é aquele que nós desejamos. E não é uma questão de crescer por crescer (…), porque consideramos que as transformações necessárias no país, está demonstrado, só acontecem com um partido que tenha, ao mesmo tempo, sentido de responsabilidade, capacidade e impulso reformista”, acrescentou.

Segundo o líder da IL, o partido tem feito uma “trajetória de responsabilidade” e encontra-se “sempre do lado dos interesses dos portugueses” e conta que os eleitores reconheçam “a capacidade da Iniciativa Liberal” de trazer a “mudança necessária ao país”.

Questionado sobre a sua presença na entrega das listas em Lisboa, uma vez que é cabeça de lista por Braga, Rui Rocha explicou que esta é uma altura em que o partido tem de “estar concentrado nas mensagens e na capacidade de as comunicar” e que a sua “responsabilidade nacional” no partido justifica a sua presença na capital.

TYRS/ROZB (TA/JF) // ACL

By Impala News / Lusa

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