China quer trabalhar com França para “evitar que mundo regresse à lei da selva”

O chefe da diplomacia chinesa disse esperar que China e França “trabalhem em conjunto para evitar que o mundo regresse à lei da selva”, numa conversa com o conselheiro diplomático da presidência francesa, Emmanuel Bonne

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Citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros Wang Yi sublinhou que a situação global encontra-se num estado de “crescente incerteza e instabilidade” e apelou à França e à China para que “reforcem a sua parceria estratégica, protejam conjuntamente o multilateralismo genuíno e se oponham à hegemonia unipolar”.

Durante a conversa, realizada por telefone, Emmanuel Bonne disse esperar que a China desempenhe “um papel importante na obtenção de um acordo de paz justo, sólido e sustentável” na Ucrânia, um conflito em relação ao qual Pequim tem mantido uma posição ambígua ao longo dos anos.

Wang Yi disse que o seu país “sempre defendeu a resolução da ‘crise’ através do diálogo” e saudou “todos os esforços que conduzem a um cessar-fogo, um passo necessário para a paz”, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, no mesmo dia em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, concordaram em iniciar o processo de paz com a Ucrânia, com um cessar-fogo parcial, centrado nas infraestruturas e na energia.

O diplomata chinês também instou a China e a União Europeia a resolverem os atritos comerciais e económicos através do diálogo, após meses de disputas entre as duas partes sobre questões como os veículos elétricos chineses.

“A França opõe-se às guerras comerciais e tarifárias e está disposta a trabalhar com a China para resolver adequadamente as fricções económicas e comerciais através do diálogo”, afirmou Bonne.

 

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By Impala News / Lusa

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