Oito funcionários públicos moçambicanos detidos por desvio de verbas de escolas
As autoridades moçambicanas anunciaram hoje a detenção de oito funcionários do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de Mecubúri, província de Nampula, suspeitos do envolvimento no desvio de verbas do Fundo de Apoio Direto às Escolas.

De acordo com informação enviada à Lusa pelo Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Nampula, trata-se de funcionários suspeitos de usarem a sua posição como técnicos da repartição de Administração e Planificação e chefes de secretarias escolares para exigir aos diretores das escolas beneficiárias do ADE 23% do valor recebido, sob pretexto de organizarem os processos de justificação das verbas.
A informação daquele Gabinete avança que o esquema decorreu entre o final de 2023 e o início de 2024, sendo os funcionários acusados de se apropriarem indevidamente de mais de 1,8 milhão de meticais (25.200 euros), comprometendo desta forma o funcionamento e a autonomia financeira das escolas públicas daquele distrito, no norte de Moçambique.
O gabinete acrescenta que estes factos “constituem fortes indícios dos crimes de peculato e abuso de cargo ou função”.
“O argumento usado era o de que, nos anos anteriores, as escolas não justificavam devidamente os fundos e os processos eram devolvidos pelo Tribunal Administrativo. Com essa narrativa, os arguidos convenciam os gestores escolares a entregar parte dos valores em numerário”, refere ainda a informação do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Nampula.
Recentemente, também em Nampula, o diretor da Escola Básica de Namialo, distrito de Meconta, foi detido por suspeita de simulação de vandalização no estabelecimento, alegadamente para se apoderar de 57 sacos de arroz de 25 quilogramas cada, além de óleo, sal e material informático, estando a aguardar o resultado do processo disciplinar entretanto aberto.
AYF // APL
By Impala News / Lusa
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