FMI aprova extensão técnica dos programas de apoio a Cabo Verde

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o pedido de Cabo Verde para uma extensão técnica de três meses, até setembro, dos dois programas financeiros de apoio ao país, concedendo mais tempo para completar as respetivas metas.

FMI aprova extensão técnica dos programas de apoio a Cabo Verde

O conselho executivo do FMI anunciou em comunicado, na quarta-feira, “uma prorrogação do Acordo de Crédito Alargado [ECF, sigla inglesa] do país até 15 de setembro e (…) do Acordo de Resiliência e Sustentabilidade [RSF, sigla inglesa] até 11 de setembro, para permitir tempo adicional para concluir a sexta revisão do ECF e a terceira revisão do RSF”, lê-se no documento.

Esta extensão é distinta de uma outra até às próximas eleições legislativas de 2026, que ainda está em negociação com o fundo, e que foi admitida à Lusa pelo vice-primeiro-ministro cabo-verdiano com a pasta das finanças, Olavo Correia.

O ECF foi aprovado em junho de 2022 com o valor total de cerca de 60 milhões de dólares (cerca de 57 milhões de euros, na altura) a três anos, com desembolsos periódicos, para fortalecer as finanças públicas e colocar a dívida numa trajetória descendente, reduzir os riscos orçamentais decorrentes das empresas públicas e melhorar a gestão financeira.

O programa RSF, aprovado no final de 2023, com um total de 31,4 milhões de dólares (29 milhões de euros, na altura) pelo prazo de ano e meio, também com desembolsos periódicos, destina-se a apoiar os esforços do Governo em áreas relacionadas com a captação de investimento externo e reformas governamentais, ambas com o objetivo de potenciar a adaptação e mitigação das alterações climáticas e a transição energética.

As avaliações intercalares do FMI sobre a execução dos programas têm sido globalmente positivas.

Por seu lado, em entrevista à Lusa, há duas semanas, em Washington (à margem das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial), Olavo Correia advogou ser “muito relevante que Cabo Verde continue a ter o Fundo como parceiro”, uma vez que a instituição atua como “conselheira” que ajuda o país na “concretização e materialização” da visão e estratégia do atual Governo.

LFO (MYMM) // JMC

By Impala News / Lusa

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