Programa para recuperar cirurgias não oncológicas permitiu operar 400 doentes

O plano para recuperação de cirurgias não oncológicas permitiu operar cerca de 400 doentes, reduzindo em 5% o número de utentes que estavam fora do tempo médio de resposta garantido, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Programa para recuperar cirurgias não oncológicas permitiu operar 400 doentes

“Ao abrigo deste programa, já foram operados cerca de 400 doentes, contribuindo para uma redução do número de doentes fora dos TMRG em 5% e para um aumento de 2% no número total de cirurgias realizadas”, adiantou à Lusa o gabinete da ministra Ana Paula Martins.

O Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica (PCPMACNO), uma das medidas que constam do Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), aprovado pelo Governo em maio, pretende reduzir a lista de inscritos acima do TMRG.

De acordo com o ministério, este programa “impulsionou significativamente a recuperação da atividade assistencial” dos utentes inscritos em lista de espera cirúrgica não oncológica fora dos TMRG, aumentando a capacidade de resposta cirúrgica.

Os dados disponibilizados à Lusa indicam que, em 2024, foram operados mais 72.315 (10,1%) doentes não oncológicos do que em 2023, mas o Governo salientou que a lista é dinâmica, com a constante entrada de novos doentes.

Em 2024, entraram para a lista de inscritos em cirurgia (LIC) não oncológica mais 55.094 (6,5%) doentes do que em 2023, adiantou ainda o ministério.

Em relação às cirurgias oncológicas, que mereceu um programa específico no PETS, os dados do Governo indicam que, em 2024, foram operados mais 9.441 (13,8%) doentes oncológicos do que em 2023.

No último ano, entraram para a lista de inscritos em cirurgia oncológica mais 9.190 (12%) doentes do que em 2023, refere também o ministério, adiantando que, em 2024, existiam 19,4% doentes oncológicos fora TMRG, quando em 2023 eram 27,9%.

“Só este ano de 2025 e até 19 de março, já foram operados 184.492 doentes não oncológicos e 19.053 oncológicos”, avançou a mesma fonte.

Os dados referem ainda que, de abril de 2024 a janeiro deste ano, verificaram-se mais 160.042 novos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários e que foi atribuído médico de família a mais 161.121 pessoas.

O total de utentes com médico de família passou, nesse período, de 8.775.694 para 8.936.815, apontou o ministério, ao adiantar que, em janeiro, aposentaram-se 13 especialistas de medicina geral e familiar, que corresponde no mínimo a 20.150 utentes que perdem médico de família.

PC // JMR

By Impala News / Lusa

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