Fecundidade em Angola caiu e mulheres têm em média 4,8 filhos

A taxa de fecundidade em Angola caiu de 6,2 para 4,8 filhos por mulher em oito anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano hoje divulgados.

Fecundidade em Angola caiu e mulheres têm em média 4,8 filhos

Entre 2015-2016 e 2023-2024, a fecundidade diminuiu em Angola de 6,2 para 4,8 filhos por mulher, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2023-2024, tornado hoje público pelo INE.

Segundo o inquérito, realizado em todo o território angolano, a taxa de fecundidade na zona rural caiu de 8,2 para 6,9 filhos por mulher e na zona urbana de 5,3 para 3,8 filhos.

As províncias com a taxa global de fecundidade mais elevada são a Lunda Norte e o Cuanza Sul (6,6), enquanto a província de Luanda, capital de Angola, tem a taxa global de fecundidade mais baixa (3,1).

Em Angola, as mulheres do grupo etário 20-49 anos tiveram, em média, o seu primeiro filho aos 19,8 anos, sendo que na área urbana foi ligeiramente mais elevada (20 anos) do que na área rural (19,3 anos), refere-se no inquérito.

De acordo com o IIMS 2023-2024, mais de um quarto (27%) das mulheres entre os 15 e os 19 anos já engravidaram pelo menos uma vez e 21% das adolescentes já tiveram um nado vivo. A província do Cuanza Sul detém a maior percentagem de gravidez na adolescência (51%).

O IIMSS revela, por outro lado, que a prevalência do VIH/Sida entre a população angolana entre os 15 e os 49 anos é de 1,6% (2,2% nas mulheres e 0,8% nos homens) e que a prevalência do VIH entre as mulheres e homens é maior nas zonas urbanas do que nas áreas rurais.

Lunda Sul (4,9%) e Lunda Norte (4,4%) são as províncias angolanas que apresentam maiores prevalências do VIH/Sida, enquanto a menor foi registada no Zaire (0,1%).

A pesquisa congrega igualmente informações sobre a hepatite B, cuja prevalência da infeção é de 19% nas mulheres e de 23% nos homens.

“A prevalência da hepatite B varia de acordo com a idade e o sexo. Entre as mulheres, o grupo etário com maior prevalência é o de 25-29 anos, com 22%, e entre os homens (45-49 anos) com 30%”, lê-se no documento.

Sobre a malária, maior causa de mortalidade e internamentos hospitalares em Angola, o inquérito adianta que 17% das crianças dos 6 aos 59 meses testaram positivo nesse período, salientando que a prevalência da doença é mais elevada nas crianças em áreas rurais (31%) do que em áreas urbanas (7%).

A província angolana do Cunene tem a prevalência de malária mais baixa (1%) e a província do Uíje a mais alta (40%).

DAS // MLL

Lusa/Fim

 

 

 

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS