Ciclone Jude provocou pelo menos 41 mortos na província moçambicana de Nampula
Pelo menos 41 pessoas morreram em Nampula devido à passagem do ciclone Jude, o terceiro desde dezembro, segundo balanço feito hoje pelo governador da província, no norte de Moçambique, contra os 14 anteriores.

“Dos três ciclones juntos, o Jude foi o mais intenso, causando danos maiores. Intransitabilidade de 32 estradas de 17 distritos da província, isolamento de dois distritos”, explicou o governador da província, Eduardo Abdula, ao fazer o balanço ao Presidente da República, Daniel Chapo, que está hoje de visita a Nampula.
Moçambique está em plena época chuvosa, que decorre entre outubro e abril, período em que, além do Chido, que atingiu o norte em 14 de dezembro, registou ainda os ciclones Dikeledi, em 13 de janeiro, e Jude, em 10 de março, totalizando pelo menos 60 mortos naquela província, segundo o balanço feito durante a sessão extraordinária do conselho executivo provincial e de representação do Estado em Nampula.
“A província de Nampula, em quatro meses, foi assolada por três tempestades tropicais severas que causaram danos significativos em diversas áreas. Foram afetadas cerca de 213 mil famílias, sendo 35 mil famílias pelo Chido, com oito óbitos, 80 mil famílias pelo Dikeledi, com 11 óbitos, e 98 mil famílias pelo Jude, com 41 óbitos”, apontou ainda o governador.
Na última atualização feita pelas autoridades moçambicanas, o ciclone Jude tinha provocado pelo menos 16 mortos (14 em Nampula) no norte do país, número total que sobe agora para 43.
O governador da província de Nampula, Eduardo Abdula, acrescentou que, até ao momento, foram assistidas 15 mil famílias em Nampula com produtos alimentares básicos e resgatadas 337 famílias que se encontravam sitiadas no distrito da Ilha de Moçambique.
“O ciclone Jude foi mais intenso causando danos maiores. Intransitabilidade de 32 estradas em sete distritos da província, isolamento de dois distritos”, disse ainda.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.
AYF/PVJ // MLL
By Impala News / Lusa
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