Atos de vandalismo deixam mais de 10 mil pessoas sem água potável no sul de Moçambique

A vandalização de telas em reservatórios nos distritos de Funhalouro e Vilankulo, na província de Inhambane, sul de Moçambique, deixaram mais de 10 mil pessoas sem água potável, estimou fonte oficial.

Atos de vandalismo deixam mais de 10 mil pessoas sem água potável no sul de Moçambique

De acordo com o técnico hídrico da Águas da empresa Região Sul  (ARA-Sul), Dias Constantino, os “malfeitores” vandalizaram alguns reservatórios escavados nestes distritos, impedindo a retenção da água, “dado que as lonas foram cortadas”.

“Temos que continuar a educar as nossas comunidades porque são comunidades que vandalizam essas telas. É possível chegar numa determinada comunidade e ver que parte a tela rasgada [nos reservatórios] cobriu uma casa de banho ou a casa onde ele dorme”, disse Constantino, citado hoje pela comunicação social.

A empresa ARA-Sul é responsável pela gestão operacional dos recursos hídricos na região sul de Moçambique.

Estas vandalizações ocorrem num momento que o país enfrenta uma tensão social, com manifestações, inicialmente em contestação aos resultados eleitorais de 09 de outubro convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, em que cerca de 390 pessoas perderam a vida em confrontos com a polícia, segundo dados de organizações da sociedade civil, degenerando, igualmente, em saques e destruição de empresas e infraestruturas públicas e privadas.

O Governo moçambicano confirmou anteriormente, pelo menos, 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

Em janeiro, a empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo, (AdRMM) anunciou prejuízos na ordem de 200 milhões de meticais (2,7 milhões de euros) em resultado destes protestos, convocados pelo Ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane.

 

LYCE // PSC

By Impala News / Lusa

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