Ângelo Rodrigues Desabafa sobre segundo coma: “Não queria estar no lugar de vitimização”

Ângelo Rodrigues falou com Cristina Ferreira sobre o internamento recente e reagiu às críticas. Sem fugir ao assunto, assumiu: “Sou responsável pelas coisas que faço”, rejeitando o papel de vítima e defendendo a separação entre vida pessoal e profissional.

Numa conversa franca com Cristina Ferreira, esta sexta-feira, dia 18 de abril, Ângelo Rodrigues abriu o coração no programa Dois às 10, refletindo sobre o recente internamento hospitalar e a onda de críticas que se seguiu após o seu regresso a casa.

Ainda a recuperar de uma pneumonia por aspiração, o ator foi confrontado com a polémica entrevista que deu a Salvador Martinha poucos dias depois de ter tido alta — momento que gerou alguma indignação nas redes sociais, especialmente por ter entrado de maca no estúdio do podcast. Com serenidade, Ângelo assumiu o erro: “Na altura, estava há muito poucos dias cá fora. Portanto, foi um erro de leitura que fiz na altura. Se foi difícil? Claro! É sempre difícil, ainda por cima por estar bastante vulnerável.”

O artista aproveitou o espaço para separar águas e fazer uma distinção clara entre aquilo que é o seu trabalho e o que faz parte da esfera íntima: “Uma coisa é a nossa parte profissional, outra coisa é a exploração que fazem da nossa dimensão pessoal. Tenho a consciência muito tranquila em relação à minha parte profissional, sei que sou um bom profissional quando estou a trabalhar e penso que não há razões de queixa.”

“Os incidentes que acontecem, os tropeços que acontecem na vida, respeitam à minha parte pessoal. Claro que muitas vezes as pessoas misturam as duas coisas e é difícil vislumbrar exatamente onde está a verdade”, continuou.

Confrontado com a forma como lida com estas fases mais desafiantes, o ator foi direto: “Reclusão, introspeção e perceber exatamente as coisas que queria na vida, e perceber exatamente o que é que tem de estar de fora. E esses comentários tiveram que estar de fora a partir de uma certa altura porque precisava de me reerguer e não afundar.”

Apesar das dificuldades, mostrou estar determinado a seguir o seu próprio ritmo na forma como partilha a sua dor com o mundo: “Se eu quiser falar sobre o assunto, um dia falarei, mas nos meus timings, respeitando a minha dor e não a dor das outras pessoas (…) Não queria estar no lugar de vitimização, sou responsável pelas coisas que faço.”

 

Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Impala

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